quarta-feira, 11 de maio de 2011

Clubes se irritam com jornalistas ociosos nos jogos em São Paulo

A presença de jornalistas ociosos em áreas de imprensa nos estádios do estado de São Paulo tem gerado reclamações ao Sindicato que representa a categoria. Para a entidade, a Federação Paulista de Futebol (FPF) é conivente com a desorganização.
Em nota publicada em seu site, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP) reclamou da lotação de jornalistas e de outros profissionais, em tribunas e salas de coletiva de imprensa.
A FPF, no entendimento do sindicato, "permite acesso a diversas pessoas" à áreas reservadas, o que compromete o trabalho dos jornalistas. "Para o Sindicato, o acesso aos estádios e ginásios esportivos deve ser restrito aos jornalistas que estejam trabalhando. O excesso de jornalistas ociosos nos estádios começa a preocupar também os clubes de futebol", escreveu a entidade.
No último domingo, a diretoria do Corinthians se queixou do excesso de pessoas na sala de coletiva de imprensa, após a partida contra o Santos, pelo Campeonato Paulista.
Portal IMPRENSA









A principal reclamação do sindicato está na flexibilidade dos critérios de acesso à áreas restritas e a liberação de credenciais a pessoas que não estão trabalhando.





Procurada pela reportagem do Portal IMPRENSA, a assessoria de imprensa da FPF não se manifestou até o momento de publicação desta nota.

Globo promete não esconder Olimpíada-2012 mesmo sem direito de transmissão

Se a Globo levou a melhor na disputa pelos direitos de transmissão do Brasileiro do próximo ano, o mesmo não se pode dizer da negociação para exibir os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. Como se sabe, a emissora perdeu a parada para a Record, que adquiriu o direito de exibição exclusiva na TV aberta brasileira.

Como vai se comportar a emissora líder de audiência sem poder mostrar os Jogos? Vai enviar uma grande equipe a Londres? Vai ignorar a competição? Qual será a sua estratégia? Estas são questões que intrigam o mercado.
Em entrevista , o diretor-geral da Rede Globo, Octavio Florisbal, garantiu que a emissora não vai esconder os Jogos, mas se limitará a "uma cobertura jornalística" do evento. Ele relatou ainda detalhes sobre a negociação perdida para a Record e falou, também, dos Jogos de 2016, no Rio. Veja abaixo os principais trechos da entrevista sobre o assunto:
COBERTURA JORNALÍSTICA
Os direitos dos Jogos Olímpicos de 2012 pertencem, em TV aberta, à Record. Nossa cobertura, de acordo com o que está estabelecido no COI, e com o que prevê a Lei Pelé, será o que chamamos de "fair use". Quer dizer, tem uma partida de vôlei e você tem direito a três minutos para exibir nos seus telejornais. Não pode comercializar, não pode ter patrocínio. No nosso caso, vamos fazer uma cobertura jornalística esportiva do evento em si. Até porque não pode ser diferente.
ESCONDER?
Não [vamos esconder]. Porque temos um acordo de longo prazo com as principais federações e confederações olímpicas. Nós temos com eles um projeto de longo prazo. Não vamos prejudicar este projeto por causa de 2012. Lamentavelmente, decidimos não concorrer por um valor que foi colocado, então vamos cobrir jornalisticamente. Não vamos esconder, não.
A NEGOCIAÇÃO
Nós tínhamos uma visão de que os Jogos Olímpicos de 2012 deviam valer, para o Brasil, entre US$ 25 milhões e US$ 30 milhões. Porque a anterior se tinha pago US$ 12 milhões, US$ 15 milhões. E foi essa oferta que fizemos, dentro da realidade de mercado. Nós vivemos de audiência e publicidade. "Se passar daqui, vai dar prejuízo. Até onde eu quero ir com este prejuízo?" A oferta vencedora foi o dobro disso. Talvez porque tenha outras condições. Nós deliberadamente estabelecemos um limite para concorrer dentro de realidades de mercado. O concorrente chegou e ofereceu o dobro do que nós tínhamos oferecido. O COI deve ter ficado muito feliz, lógico.
SEM EXCLUSIVIDADE EM 2016
Para 2016, adotamos uma outra estratégia. Fizemos uma parceria com a Band. Falamos: "Globo e Band oferecem tanto e não querem exclusividade". Se o COI quiser vender para uma terceira rede, uma quarta rede, pode vender. E ai foi feito assim. O COI fechou com a Globo e a Band e depois vendeu para a Record. Por quê? Porque senão iria ficar um valor estratosférico, totalmente fora da realidade do mercado. Não é exclusivo, todos fazem, mas quem tiver o melhor conteúdo, melhor cobertura, terá maior audiência.
Fonte-Uol

Record faz proposta milionária para Datena



A Record fez uma oferta milionária para ter de novo o apresentador José Luiz Datena, hoje contratado da Band e uma de suas maiores audiências. A negociação vem ocorrendo em sigilo nos últimos dias. A emissora não quis se pronunciar sobre o assunto.
Entre os itens oferecidos pela Record estão um salário em torno de R$ 1,4 milhão e o fim de um processo judicial que a Record move contra ele, por quebra de contrato. O apresentador deixou a Record litigiosamente, pela última vez, em 2003. Um ano antes ele já havia rescindido o contrato com a emissora para assinar com a RedeTV!
Mas, como se indispôs rapidamente com a direção da RedeTV!, Datena rompeu novamente contrato e voltou à Record, de onde saiu novamente em fevereiro de 2003. Nesse ínterim já estava sendo processado também pela RedeTV!
Um mês depois, em março de 2003, ele assinou com a Band, com quem renovou contrato por cinco anos no final de 2010, graças ao ibope crescente de seu “Brasil Urgente” e do “SP Acontece”. O contrato atual prevê que a Band pagaria os prejuízos de uma eventual derrota judicial de seu contratado para a Record e RedeTV!
Em 2010, o apresentador foi sondado pelo próprio Silvio Santos para mudar para o SBT. Foi justamente o fato de seu contrato com a Band ter essa “garantia judicial” que inviabilizou sua contratação pelo SBT. Mas, no caso da Record, a emissora oferece o fim de seu próprio processo, que hoje está por volta de R$ 10 milhões, sendo que a emissora já ganhou em mais de uma instância. A TV também terá de bancar eventuais multas de rescisão para a Band, além de assumir eventuais ônus também com o processo que a RedeTV move contra ele. Talvez uma referência a si próprio, Datena falou no começo da tarde desta terça-feira, no esportivo “SP Acontece”, sobre o convite milionário que o meia santista Ganso recebeu do Corinthians: “Isso não significa nada. Tanta gente recebe proposta de emprego com salário maior em outra empresa, e ainda assim não vai.”
Fonte: Ricardo Feltrin/Folha

terça-feira, 10 de maio de 2011

Infraero segue Petrobras e publica respostas dadas a repórteres em seu site

A Infraero, empresa que administra os aeroportos brasileiros, adotou este ano a medida tomada em 2009 pela Petrobras, que decidiu publicar em seu blog as questões feitas pelos jornalistas e as respostas da empresa aos respectivos questionamentos. Na época, a Petrobras gerou polêmica ao postar as perguntas e respostas antes da publicação das matérias nos veículos de imprensa. No entanto, segundo Cibele Nunes, gerente na Superintendência de Marketing e Comunicação Social da Infraero, a empresa aguarda a publicação dos veículos para divulgar a íntegra das respostas dadas aos jornalistas.

De acordo com ela, a medida evita equívocos. “A empresa dá uma resposta completa, mas o jornalista edita, e a resposta nem sempre aparece como deveria. Todas as perguntas que os jornalistas nos fazem estão no site da Infraero, para quem quiser ver. Além da transparência, passou a ser uma ferramenta de trabalho para esclarecer dúvidas dos jornalistas”, explicou Cibele, no Congrecom, 2 Congresso Sul-Brasileiro de Comunicação e Marketing no Serviço Público, nesta terça-feira (10/5) em Florianópolis.
Cibele contou que a Infraero precisava reverter um aumento de 90% de menções negativas à empresa em 2010. O aumento se concentrou em notícias sobre o andamento da infra-estrutura aeroportuária para a Copa de 2014.
Internautas exigem mais tempo do que a imprensa
No entanto, nas redes sociais a empresa diminuiu seu número de citações negativas. A busca pelos perfis da Infraero nas redes aumentou e a interação também. “Registramos mais de 5 mil interações nas redes sociais. O trabalho que a gente já tem nas redes sociais é maior do que a procura pela assessoria de imprensa”. No último ano, a empresa respondeu a mais de mil pedidos de veículos.
Para Cibele, a mídia social alerta quando é hora de agir. “As redes sociais são um termômetro do que pode virar pauta na grande imprensa, as reclamações e boatos surgem nas redes e fazemos um trabalho para esclarecer”. De acordo com ela, as principais dúvidas e boatos são gerados porque boa parte da população credita à Infraero responsabilidades que são exclusivas das companhias aéreas.

66ª EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA DE GOIÁS



Os ingressos para a 66ª Exposição Agropecuária de Goiás e 26ª Internacional de Animais vão custar R$ 20, a inteira, com direito a meia para estudantes. A expectativa da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) é que 800 mil pessoas visitem o Parque de Exposições Pedro Ludovico Teixeira, na Nova Vila, em Goiânia. O número de animais expostos deve chegar a cinco mil.

A pecuária começa nesta sexta feira  dia 13 e vai até 29 de maio. A programação de shows vai ser aberta por Michel Teló, na sexta-feira (13).
Veja calendário completo:

Jornalista sofre coronhadas ao registrar greve de policiais militares



O repórter Herivelton Rodrigues Palma foi ameaçado de morte por militares durante cobertura, no último domingo (8/5), das manifestações grevistas dos policiais militares em Porto Velho (RO). Palma registrava com máquina fotográfica o bloqueio na Br 364, paralisada por pneus em chamas. Ao notar a presença do repórter no local, policiais começaram a ofender Palma, acusando-o de ser um policial do serviço reservado ou “P2”.
Segundo publicou o portal local, Rondônia Ao Vivo, cerca de 30 PMs participavam do protesto. Entre eles o militar Matos, que sacou sua arma e chegou a dar coronhadas no repórter. Depois de sofrer ameaças, Palma foi obrigado a apagar todas as fotos tiradas das manifestações, além de ter sua carteira, com uma foto 4x4, levada pelos policiais.
Sob o aviso de que deveria “tomar muito cuidado”, caso fosse identificado em outro momento, o repórter, que já teve passagem pela TV Allamanda (afiliada do SBT), retirou-se do local e foi prestar queixa na 6º DP de Porto Velho. 
Comunique-se

Globo rompe silêncio e diz que "maldades" do Clube dos 13 levaram a rompimento



Assunto do ano, até o momento, no meio esportivo, a negociação dos direitos de transmissão do Brasileiro 2012 levou ao rompimento de uma relação histórica entre o Clube dos 13 e a Rede Globo. Insatisfeita com os termos da carta-convite que convidava todas as emissoras a participarem de uma licitação, a emissora carioca pulou fora e passou a negociar individualmente com os clubes.
O movimento da Globo, como se sabe, implodiu a licitação. A emissora já assinou contratos individuais com 15 dos 18 clubes que pertencem à entidade e espera assinar até o final de maio com os três restantes (São Paulo, Atlético-MG e Atlético-PR).
Ao longo de todo o processo, a Rede Globo se manifestou apenas uma vez, por meio de uma nota em que justificava a sua desistência de participar da licitação. Na última sexta-feira, pela primeira vez, o diretor-geral da emissora, Octavio Florisbal, falou sobre o assunto.
Numa longa entrevista ao UOL Esporte, detalhou o processo que levou ao rompimento, apresentou as razões da Globo e disse ter se surpreendido com a postura do Clube dos 13. Na visão da emissora, a entidade planejava diminuir o espaço das TVs abertas “para vender mais pay-per-view”. E, ao estabelecer um valor-mínimo de R$ 500 milhões pelos direitos, segundo Florisbal, o Clube dos 13 “provavelmente” contava com o apoio da Rede Record.
Ao descrever as restrições e imposições feitas pelo Clube dos 13, Florisbal fala em “maldades” da entidade. E volta a afirmar que nenhuma emissora cujo modelo de negócios se baseie exclusivamente em audiência e publicidade teria condições de aceitar as condições propostas.
Na Globo desde 1982, Florisbal foi diretor de marketing e superintendente comercial até assumir, em 2002, a direção-geral da emissora em substituição a Marluce Dias. Paulistano, 71 anos, mora há décadas no Rio de Janeiro, mas mantém um escritório na sede da emissora em São Paulo, onde recebeu o UOL na última sexta-feira (06). Abaixo, trechos da entrevista: 

PRINCIPAIS TRECHOS

Calendário deve ser mantido

Tem gente que diz que devíamos seguir o modelo europeu. A posição da Globo é que não. Você tem que acompanhar a vida. Se o verão é em janeiro, fevereiro e março é uma coisa. O calendário europeu é diferente porque o verão cai em julho, agosto, setembro.
TV tem direito a três jogos por semana

De cada dez jogos da rodada, a TV aberta tem direito a três. Reclamam que a gente não passa determinado jogo. Mas a gente só tem direito a três jogos. Um a gente faz para São Paulo, outro para o Rio e o terceiro a gente faz rodízio.
C13 quer modelo europeu

Isso não é dito abertamente pelo Clube dos 13, mas entendemos. "Nós precisamos acelerar a nossa passagem para o modelo europeu para ganhar mais dinheiro com o pay-per-view."
Pedido do C13 é inviável

O Clube dos 13 disse: "A oferta mínima é de R$ 500 milhões". Porque alguém disse pra eles que ia oferecer R$ 700 milhões. Mas se o camarada vivesse só de publicidade, de jeito nenhum poderia oferecer esse valor. A concorrência sinalizou que iria oferecer R$ 750 milhões. Quem vive só de publicidade, sabe: este campeonato aqui, com as audiências da Globo, dá para pagar R$ 250 mi
Público de jogos noturnos é bom

"Não nos parece que seja um grande sacrifício porque a quantidade de torcedores que vai a jogos às 21h50 é o mesmo que vai domingo às 16h."
HISTÓRICO
Começamos a ter projetos de futebol há uns 20 anos. Estruturamos o futebol na nossa grade, às quartas e domingos. Fizemos parceria com a CBF, com o Clube 13, com as federações estaduais. Consideramos o futebol estratégico para a nossa grade, porque ele é popular. O cara muda de país, muda de mulher, mas não muda de clube.
CALENDÁRIO: BRASIL vs EUROPA
Hoje temos um calendário nacional. Os estaduais, Copa do Brasil junto com Libertadores. Aí tem o Brasileiro, Série A e B, Copa Sul-Americana, o Mundial de Clubes. Tem gente que diz que devíamos seguir o modelo europeu. A posição da Globo é que não. Você tem que acompanhar a vida. Se o verão é em janeiro, fevereiro e março é uma coisa. O calendário europeu é diferente porque o verão cai em julho, agosto, setembro.
TRÊS JOGOS POR SEMANA
Nós temos uma parceria, ou tínhamos, lamentavelmente, com o Clube dos 13 de muitos anos. Nós conseguimos ao longo do tempo, com muito sacrifício, montar uma grade de futebol que, acho, não tem em nenhum outro país. Vamos pegar o Brasileiro. De cada dez jogos da rodada, a TV aberta tem direito a três jogos. Reclamam que a gente não passa determinada jogo. Mas a gente só tem direito a três jogos. Um a gente faz para São Paulo, outro para o Rio e o terceiro a gente faz rodízio – uma semana para Porto Alegre, uma semana para Belo Horizonte, outra semana para Curitiba... A TV paga, o SporTV, faz dois jogos, em outros dias. E o pay-per-view faz os dez jogos.
Este modelo tem se mostrado interessante porque dá ao Clube dos 13 e aos clubes uma receita de TV aberta, fechada e pay-per-view. Na Europa, basicamente, eles só fazem com pay-per-view. Na Espanha, por lei, tem que ter um jogo na TV aberta, aos sábados, às 10 da noite.
Nós, TV Globo, gostaríamos de passar seis jogos por rodada: um jogo para São Paulo, um pro Rio, uma pra Minas, um pro Rio Grande do Sul, um pro Paraná, um para o Nordeste. Por quê? Porque ia atrair muito mais audiência. O camarada em Salvador, se o time dele não está jogando, ele precisa gostar muito de futebol para ver um jogo que não é do time dele. Para nós seria muito mais interessante, mas tem um problema econômico. Iria prejudicar o pay-per-view. O dinheiro que a TV aberta teria que pagar seria um absurdo.
A “MENSAGEM” DO CLUBE DOS 13
Isso não é dito abertamente pelo Clube dos 13, mas entendemos. “Nós precisamos acelerar a nossa passagem para o modelo europeu para ganhar mais dinheiro com o pay-per-view.” Tem crescido muito aqui. Saiu de 100 mil, 200 mil, há sete anos, para 1 milhão de assinantes. “Vamos acelerar isso aí para virar 2 milhões, 3 milhões, 4 milhões”. Só que, ao pensar assim, eles tiveram que diminuir a presença da TV aberta. Foi a proposta que não podíamos concordar.
AS RESTRIÇÕES
Eles queriam diminuir de três para dois jogos por rodada. Ia ser complicado. Nós íamos fazer um jogo para São Paulo e um para o Rio. Os gaúchos e mineiros nunca mais iam ver um jogo do time deles.
Depois, eles diziam: o jogo que você transmitir daquela praça para outra, naquele Estado você não pode transmitir mais em TV aberta. Ou seja, aqui em São Paulo vai ter um jogo entre Corinthians e Botafogo que vamos transmitir para o Estado do Rio. No modelo atual, você não pode passar esse jogo na cidade de São Paulo, mas pode mostrar em todo o resto do Estado. O Clube dos 13, agora, disse: esse jogo Corinthians e Botafogo não vai amais poder passar no Estado de São Paulo, só no Rio. Para vender mais pay-per-view.
E mais. Do total de 380 jogos do Brasileiro, nós transmitimos pela TV aberta uns 70 e poucos. E tínhamos direito a transmitir dez jogos para a praça. Está no contrato. Você guarda para clássicos regionais e vai deixando para usar no final do campeonato, para os jogos decisivos. Aí eles falaram: “Não tem mais jogo para a praça. Nunca mais. A não ser que vocês paguem uma puta grana”.
Outra coisa. Nós captamos os jogos. Uma boa qualidade, 30 câmeras... “Vocês não vão mais captar. Nós é que vamos captar e vender para vocês”. Tudo isso está na carta-convite da licitação. Ah, mais, outra maldade: nós compramos os direitos e sublicenciamos para a Band. Acertamos um valor que seja palatável para ela pagar, porque a receita e a audiência dela são menores. Aí disseram que a gente, se quisesse passar para a Band, teria que cobrar um valor mínimo, X milhões, mais alto do que a Band pagava para nós. E, segundo, desse valor, 50% a gente teria que pagar para o Clube dos 13. Ou seja, ele vendia aquele direito duas vezes.

O ROMPIMENTO
Foi ficando de um jeito tão desproporcional. Se a gente aceitasse isso para o Brasileiro teria que aceitar, depois de amanhã, para a Copa do Brasil, para a Libertadores, para a seleção brasileira. Todo mundo vai querer... Neste modelo, iria dar muito menos audiência, nossos patrocinadores não iriam querer pagar o que pagam para a gente. Iria aumentar muito o nosso custo e teríamos um grande buraco. Então, pensamos: é melhor correr o risco de não ter o Brasileiro. Temos vários outros torneios, dá para fazer um pacote. É claro que o Brasileiro é o filet-mignon, mas...
Houve uma visão, desta comissão (que elaborou a carta-convite para a licitação) de que deveria tornar as coisas mais difíceis. Por duas questões. Uma, para aumentar a receita com pay-per-view. A outra, provavelmente, porque a Record, que tem interesses, talvez tenha dito: “Eu topo”.
Aí avisamos: não vamos concorrer, mas se os clubes quiserem negociar individualmente... Por que saímos? Saímos porque o formato ficou absolutamente inaceitável.
A MENSAGEM DA GLOBO
No anúncio oficial da saída, está dito: “As condições impostas na carta-convite não se coadunam com nossos formatos de conteúdo e de comercialização, que se baseiam exclusivamente em audiência e na receita publicitária”
É uma mensagem subliminar. No nosso caso, não sei em outros casos, é assim. Precisamos ter audiência para ter verba de publicidade. Pode ser que para outras redes isso não seja absolutamente verdadeiro. Podem ter outras fontes de receita. Mas no nosso caso, é só isso. Naquele nosso modelo de futebol, temos que ter audiência no Brasil inteiro para que nossos patrocinadores, que estão conosco há tantos anos, se sintam dispostos a pagar a cota que cobramos.
PEDIDO INVIÁVEL
Nossos patrocinadores estão pagando, em 2011, por uma cota de futebol, pegando todos os campeonatos, o que dá umas 100 partidas, quase R$ 140 milhões brutos. Precisamos ter audiência para ter essas cotas. Elas, hoje, basicamente, cobrem os nossos custos. Dá para calcular, sabendo o valor desta cota, quanto representam os Estaduais, a Libertadores, o Brasileiro. Você pode atribuir deste dinheiro, quanto é para cada um.
No caso do Brasileiro, hoje, a receita que nós temos liquida é quanto nós pagamos de direitos. E a pedida que veio do Clube dos 13, de R$ 500 milhões, é exatamente o dobro. Daí, você infere que a nossa receita é de R$ 250 milhões, líquida. Os nossos anunciantes sobem, de um ano para outro, 10%, 15%. Eles jamais aceitariam dobrar o preço.
O que nós temos de receita líquida, sem os custos de produção, cobre exatamente o que pagamos de direitos. O Clube dos 13 disse: “A oferta mínima é de R$ 500 milhões”. Porque alguém disse pra eles que ia oferecer R$ 700 milhões. Mas se o camarada vivesse só de publicidade, de jeito nenhum poderia oferecer esse valor. A concorrência sinalizou que iria oferecer R$ 750 milhões. Quem vive só de publicidade, sabe: este campeonato aqui, com as audiências da Globo, dá para pagar R$ 250 milhões, fora o custo de produção. Não dá para pagar R$ 500 milhões. Nem R$ 700 milhões. A menos que eu tenha outras fontes de receita. No nosso caso, não dava.
ALUGUEL DE HORÁRIOS
A TV aberta, conceitualmente, pela Constituição, pelos decretos de radiodifusão, deve viver única e exclusivamente de receita de publicidade. Se ela tem outras receitas, porque ela subaluga horários, isso me parece que infringe a lei. Se ela tem outras receitas, vindas de outras fontes, também. Aí cabe aos órgãos pertinentes de governo avaliar e decidir. Nós seguimos estritamente o que está na Constituição e nos decretos de radiodifusão. Nossa única receita de TV aberta é a publicidade – de várias formas. Não subalugamos horários, não temos receitas de outras áreas que vem para dentro da TV Globo. Já recebemos ene ofertas para alugar nossos horários da madrugada, a preços generosos, mas como isso, no nosso entender, fere a lei, a gente não faz.
JOGO NOTURNO
Pega o Brasileiro. São 380 jogos. Jogos de TV aberta acontecem às 16h de domingo e às 21h50 de quarta-feira. Jogos da TV paga acontecem às 18h30, às 20h30. Do total de jogos transmitidos, os das 21h50 são 23. É 7%. No meio da semana, no Brasileiro, são oito rodadas. É o mínimo.
Quando você vai olhar a bilheteria dos jogos, dá mais ou menos igual, a média, em todos os horários. Se fosse verdade (que o horário é ruim), esse jogo das 21h50 tinha que dar muito menos. E não dá. No mundo todo é assim.
Quem compra os direitos, tem que adequar a sua grade. Por que não transmitimos mais cedo? Porque temos um horário fixo para o “Jornal Nacional”, às 20h30, tem a novela às 21h. É uma acomodação. Neste dia, o jornal é menor, a novela é menor. Não tem outra saída. Como é que vamos fazer? Pelo dinheiro que nós pagamos... Agora, isso é a menor parte. Não nos parece que seja um grande sacrifício porque a quantidade de torcedores que vai a jogos às 21h50 é o mesmo que vai domingo às 16h.
OS CLUBES QUE AINDA NÃO FECHARAM
Como é que estão as negociações? Foram feitas individualmente, clube a clube. Vários clubes retiraram do Clube dos 13 a procuração que tinham dado para negociar e negociaram com a gente. Outros não retiraram, só retiraram agora. Tanto que essa negociação vem se estendendo há quatro meses, desde o final do ano passado, início deste. Hoje nós temos 15 clubes com contratos assinados. Ficaram faltando três clubes, São Paulo, Atlético-MG e Atlético-PR, que agora estão negociando conosco. Imaginamos que ao longo do mês de maio a gente conclua essas negociações.
O FUTURO DO CLUBE DOS 13
Tem uma outra questão, que não nos compete. Como os clubes tiraram a procuração do Clube dos 13 para negociar individualmente, eles agora têm que se reunir no Clube dos 13 para acertar a situação lá. Tem clubes com receita a receber, clubes com dívidas a pagar, tem que fechar uma conta lá e decidir o que eles pretendem fazer com o Clube dos 13. “Queremos manter o Clube dos 13, queremos manter a atual diretoria, queremos trocar a diretoria? Ou queremos terminar o Brasileiro deste ano e pensar numa Liga?” Não sei. Os clubes é que têm que decidir.
Fonte - Uol

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Técnico do Paysandu parte para agressão e chama radialista de bandido

A recente eliminação do Paysandu durante a disputa do segundo turno do Campeonato Paraense fez com que o treinador Sergio Cosme perdesse o controle emocional e tentasse agredir o radialista Dinho Menezes, da Rádio Clube do Pará. O episódio ocorreu no sábado (7/5) à noite, quando a delegação do Paysandu chegou ao hotel onde estava hospedada.

Acompanhado de um colega de profissão, Menezes dirigia-se ao restaurante do estabelecimento, mas teve sua passagem obstruída pelo técnico Cosme. “Ele disse que eu era um bandido e vagabundo; ele se preparou para me agredir com um soco, quando o auxiliar técnico Maurício Matos disse que não era pra ele fazer o que estava pensando”, explicou o radialista.
"Elogios"
Depois deste primeiro encontro, o treinador do Paysandu voltou a perseguir o radialista no restaurante do hotel. Sem entender o que estava acontecendo, o jornalista Cláudio Guimarães, colega de Menezes, perguntou a Cosme o que estava acontecendo. Com tom de ironia na fala, o técnico respondeu que “só estava fazendo alguns elogios ao radialista”.
O jornalista Dinho Menezes afirmou que há tempos não faz criticas ao trabalho de Cosme, embora a equipe, apelidada de “Papão da Curuzu”, tenha encarado em pouco tempo as eliminações da Copa do Brasil e do estadual.
fonte-comunique-se

Tiago Leifert corneta Falcão e se despede com “boa noite”

O apresentador Tiago Leifert do Globo Esporte, da Rede Globo, usou o tom descontraído do programa para ironizar o tenista Rafael Nadal após mais uma derrota contra o sérvio Novak Djokovic na final do Masters 1000 de Madri. Para provocar o seu colega Ivan Moré, Leifert chegou a dizer que “Nadal é uma mentira”.
Quem também não ficou de fora das “cornetagens” do apresentador foi o ex-comentarista e atual técnico do Internacional Falcão. Depois de mais uma derrota sob o comando do time Colorado (3 a 2 para o Grêmio no Beira-Rio), Leifert disparou: “Falcão, qualquer coisa estamos aqui te esperando de braços abertos”, insinuando que ele tem emprego garantido caso não dê certo como treinador do Inter.
Os comentários, como de costume, repercutiram no Twitter e uma gafe virou motivo de chacota dos internautas. O âncora do jornal se despediu dizendo “boa noite” ao invés de “boa tarde”.
Blog Uol.

Globo muda programação para atender a nova classe C

                    O diretor geral da Rede Globo, Octávio Florisbal, em entrevista para o UOL (6/5/11)              

No embalo do crescimento econômico recente do País e das projeções otimistas para os próximos anos, a Rede Globo aprofundou um processo de modificações em sua programação para atender a uma nova clientela: a emergente classe C.

As mudanças afetam as áreas de novelas, os programas de humor e o jornalismo. E objetivam deixar a programação mais popular. A nova classe C, na visão da emissora, quer se ver retratada nas telas.
Diferentes pesquisas têm sido encomendadas pela emissora para tentar entender as mudanças ocorridas no perfil socioeconômico da população. “São pesquisas para nossa reflexão interna, para orientar a área de criação e de jornalismo”, conta Octavio Floribal, diretor-geral da Globo.
O executivo observa que as classes C, D e E continuam formando 80% do total da população, mas a mobilidade social ocorrida em função do crescimento da renda e do emprego alterou as características deste universo. “Estes 80% das classes C, D e E têm uma vida própria, com características próprias. Nós precisamos atendê-los”, diz Florisbal.
Na Globo desde 1982, o executivo foi diretor de marketing e superintendente comercial até assumir, em 2002, a direção-geral da emissora em substituição a Marluce Dias. Paulistano, 71 anos, mora há décadas no Rio de Janeiro, mas mantém um escritório na sede da emissora em São Paulo, onde recebeu o UOL na última sexta-feira (06). Abaixo, trechos da entrevista:
MUDANÇA DE COMPORTAMENTO
No passado, a classe C seguia muito os padrões das classes A e B. Ela morava na periferia de São Paulo e do Rio e tinha a aspiração de vir para um bairro de classe média, queria ter mais ou menos as mesmas coisas que uma família de classe média. Eram seguidores.
O camarada mora no Tatuapé, mas não quer vir morar nos Jardins. Quer morar lá, quer ser reconhecido pela comunidade dele, ele tem os valores e hábitos dele.
Houve uma mudança de comportamento e de valores para estas pessoas. Acabamos de fazer uma pesquisa muito interessante de classe C que mostra isso. Há aquelas pessoas que migraram da classe D para a classe C e estão vivenciando um novo momento. Estão muito felizes, mas têm muito receio de voltar, de perder o que conquistaram. Estão investindo nos filhos, para que eles dêem um novo salto.
Há outros, a maioria, que estão muito felizes com a posição que ascenderam, mas não querem mudar. O camarada mora no Tatuapé, mas não quer vir morar nos Jardins. Quer morar lá, quer ser reconhecido pela comunidade dele, ele tem os valores e hábitos dele. Ele não quer se vestir como se veste o pessoal daqui.
NOVO FOCO
Isso também muda os hábitos de consumo de mídia. No passado, você não tinha que se preocupar tanto. “Estou fazendo uma televisão para todos, mas com foco em classe média”. Hoje, não. Atenção. Eu tenho que fazer para todos. Aquela divisão de que 80% do público é das classes C, D e E continua, mas eles têm mais presença, mais opinião. Eles ascenderam. Têm um jeito próprio de ser.
Você tem que atendê-los melhor. Eles têm que estar mais bem representados e identificados na dramaturgia, no jornalismo. Antes, você fazia uma coisa mais geral. Hoje, não. A gente tem que ir, principalmente nos telejornais locais, ao encontro deles. Eles têm que ver a sua realidade retratada nos telejornais. Eles querem ter uma linguagem mais simples, para entender melhor.
NOVELAS NOVAS
Em dramaturgia, se você voltar 20 anos, você tinha alguns estereótipos. A novela estava centrada nos Jardins, em São Paulo, ou na zona sul do Rio e tinha um núcleo, aquele núcleo alegre, de classe C, na periferia. Hoje, não. A gente começa a ver essas histórias trafegando mais na periferia. A próxima novela, do Aguinaldo Silva, “Fina Estampa”, vai se passar na periferia. A novela que virá depois, do João Emanoel Carneiro, vai ser centrada na Baixada Fluminense. Então, você vê este tipo de preocupação.
“Tapas e Beijos”, escrito pelo Claudio Paiva, é uma situação clara para você atender classe média, classe média baixa. São duas balconistas de uma loja de noivas, que você encontra aqui, na rua São Caetano, ou na avenida Nossa Senhora de Copacabana, uma coisa popular. É uma outra pegada. Por quê? Porque é isso que eles querem.

Fernanda Torres, como Fátima, e Andréa Beltrão, como Sueli (à dir.), em cena do seriado da Rede Globo "Tapas & Beijos"
A Patrícia Kogut (“O Globo”) fez uma crônica sobre “Insensato Coração” muito interessante sobre os personagens Raul (Antonio Fagundes) e Heidi (Rosi Campos). É quase uma ação de responsabilidade social. Ambas são pessoas simples, batalhadoras, mas que têm valores muito fortes. E eles tentam passar isso para os filhos o tempo todo. Você tende a ficar um pouco mais popular, sim, mas sem perder qualidade.
NOVOS PROJETOS NO JORNALISMO
No jornalismo é a mesma coisa. Tanto em São Paulo quanto no Rio estamos procurando nos telejornais locais fazer uma coisa mais coloquial, uma linguagem mais familiar, mais informal, no jeito de colocar e de se vestir. Não é só um apresentador, são vários. Tem a redação móvel, que vai nas periferias e faz de lá. Nos telejornais nacionais você também tem que cuidar bem para não colocar em excesso certos temas que não atendem tanto.
E agora nós instituímos “os parceiros do jornalismo”. Nas comunidades que a gente elege, há um representante selecionado para ser nosso repórter lá. Ela recebe uma camerazinha simples e retrata o dia a dia lá. Um incêndio, um buraco na rua. Se a matéria é selecionada, entra no telejornal local. No Rio, são oito duplas, em oito comunidades diferentes. Em São Paulo, deve chegar no começo do segundo semestre.
AUDIÊNCIA EM QUEDA AOS SÁBADOS
Veja um dado interessante que retrata a ascensão desta classe popular. Antes, como eles tinham menos renda, o único meio de entretenimento deles era a televisão. Hoje, nos fins de semana, eles saem mais de casa. De segunda a quinta, às 21hs, que é o pico, o total de TVs ligadas está em 68%. No sábado, isso cai para 52%. É um monte de gente que desligou. Por que desligou? Porque saiu de casa. Essa queda sempre houve, mas está mais acentuada. Porque as pessoas estão com mais dinheiro para sair de casa.
A gente tem que fazer televisão para todos. O “Jornal Nacional” é bastante abrangente, mas se você vê o “Jornal da Globo”, ele está atendendo mais classe AB e um pouco de C1. Você vai no “Bom Dia Brasil”, idem. Por faixas horárias, você pode fazer mais isso. Você tem que ter um balanceamento para não perder classe AB.
Esta discussão está presente na Rede Globo. E todos nós estamos, de uma maneira geral, aprendendo. Todas as redes de TV, os outros meios.
TELEVISÃO VERSUS INTERNET
Temos na Globo um conjunto de grupos, por temas, que a gente considera estratégicos. Essa semana, um dos grupos que se apresentou, justamente, trata de TV digital. Novas oportunidades nesta área.
Há uma oferta crescente de oportunidades de você ver vídeo de diferentes maneiras. No táxi, no ônibus, no metrô, no avião, no celular, tablets. Estas experiências novas são, realmente, desafios.
Para tranquilidade da gente, para não ficarmos muito assustados, nos Estados Unidos, a Nielsen tem um painel chamado de “Três Telas”, com uma amostra de quem assiste televisão na TV, no computador e no celular. Apesar de toda a oferta, consumo de televisão por família é de 35 horas por semana “real time” mais três horas gravado. Vídeos na internet dão menos de meia hora por semana. E vídeos no celular dão seis minutos.
Apesar desta grande quantidade de opções, o grosso, 90% ou mais, ainda está na televisão. Quanto tempo esta concentração vai durar, não sei. Vai depender muito da nossa capacidade de ter conteúdos atraentes. No Brasil esses números são muito parecidos. Aqui temos uma média de 39 horas por semana. E vídeos na internet dão vinte e poucos minutos. Não medimos ainda celular.
AUDIÊNCIA EM QUEDA
A média histórica de aparelhos ligados no Brasil, das 7h à 0h, é de 40% a 45%. Isso é permanente, não muda. Em 2010, foi de 43%. Há 30 anos, esses 44% correspondiam praticamente só à TV aberta. Com a introdução das novas mídias, isso mudou. Há 20 anos, havia 1 milhão de domicílios com TV paga, que não era nada. Hoje são 10 milhões. No passado, TV paga, que a gente chama de “outros canais”, representava 1% dos aparelhos ligados, hoje é 6%. O que a gente chama de “outros aparelhos”, VHS, videogame, DVD, Blu-Ray, antigamente não existia, hoje representa 3%.
Aqueles 44% continuam. Mas o que era só da TV aberta, hoje não é mais. A TV aberta tem 35%, e tem 8% ou 9% que é uma composição de “outros canais” e “outros aparelhos”. De fato, hoje tem uma disputa que não havia. A TV aberta perdeu um pouco de participação para “outros canais” e “outros aparelhos”. Isso é inquestionável.
Dentro das redes, na TV aberta, a Globo tinha 21% em 1997, hoje ela tem 17%, 18%. Antes, SBT e Record, somados, davam 13%. Hoje, somados, dão os mesmos 13%. Tivemos uma pequena perda. Mas o que nós perdemos não foi para eles. Eles mantiveram, não conquistaram da gente, nós perdemos alguma coisa para “outros canais” e “outros aparelhos”.
Excluindo China e Índia, o Brasil é o país de maior audiência de TV aberta. No conjunto, no mundo, a audiência de TV aberta tem se mantido. Ela tem uma tendência, pequena, de queda nos países desenvolvidos, mas os BRICs (Brasil, Rússia, India e China) compensam.
Na soma global, a audiência de TV aberta está até subindo. Segundo um estudo da Deloitte, em termos de verba publicitária, em 2008, o investimento total em TV (aberta e fechada) representou 38% do total. Este ano vai ser 41% e ano que vem 42%. Está crescendo. Internet daqui a algum tempo será a segunda mídia. Hoje ainda é jornal e revista.
A CONCORRÊNCIA DA RECORD
No passado, nosso concorrente era o SBT. O Washington Olivetto, muito criativo, criou aquele slogan: “Líder absoluto da vice-liderança”. Era um tipo de postura. A Record tem uma postura mais agressiva: “A caminho da liderança”. É interessante porque, ao mesmo tempo em que pode incomodar, é um grande desafio. É uma maneira de ficar mais atento, mais acordado.
É uma postura que te obriga a estar mais atento. Você é mais desafiado. A disputa pelo telespectador é absolutamente democrática. Com o controle remoto, a pessoa muda, não paga nada por isso, ela fica mais aqui ou menos ali se a emissora atende melhor ou não. É uma luta permanente, de minuto a minuto. Não é como em outros setores. Você troca de automóvel a cada dois anos.
Hoje há mais disputa. A Record tem mais recursos financeiros para brigar por audiência do que tinha o SBT.
Nunca nos acomodamos. É uma preocupação permanente. Batalhamos todos os dias. Um ponto de audiência é muita coisa. Um ponto de audiência, nacional, num total de 55 milhões de domicílios, são 550 mil domicílios, 1 milhão de pessoas. Um por cento da verba publicitária de TV, de um total de R$ 16 bilhões, é R$ 160 milhões. Um por cento é muita coisa. Tem que batalhar muito.
O movimento da audiência nestes anos todos pode ter sido pequeno, mas não em quantidade de pessoas. A população cresceu, o número de aparelhos por lar cresceu. Hoje, 10% de audiência atinge muito mais pessoas do que 10% há 30 anos. Quando você olha para o anunciante, ele tem interesse pela audiência, é claro, mas também pelo total de pessoas. Por isso, a TV aberta continua tendo essa preferência.
FUTURO FAVORÁVEL
A economia nos BRICs tem uma tendência de crescimento muito forte nos próximos anos. Acho que o Brasil está numa posição muito favorável de crescimento, consolidação. E isso certamente vai arrastar o mercado publicitário brasileiro. Há alguns anos, ele não estava nem entre os dez maiores. Este ano, já vai ser o sexto, ocupando o lugar da França. Mais três ou quatro anos, vai ser o quinto, passando a Inglaterra. Depois, a tarefa é mais inglória: passar Alemanha, Japão, China e Estados Unidos.
Tem uma verba crescente de marketing, publicidade, comunicação que vai irrigar muito todos os meios de comunicação. Vai ter para todo mundo. Nós vamos viver um período muito bom. Temos um modelo brasileiro de publicidade muito interessante, que todos apoiamos.
Entendo que a TV aberta num arco de tempo de dez anos vai continuar como líder. A nossa aposta é que a internet será a segunda maior mídia, em participação, daqui a dez anos. Ela vem crescendo de maneira exponencial. Hoje ela representa 5%. Já passou cinema, outdoor, rádio. Está se aproximando muito de revistas, que é 7%. Jornal aqui é 13%. Com o plano brasileiro de banda larga, com mais renda para as pessoas, a internet tem realmente uma expectativa de crescimento exponencial, como tem tido.
Vai ser muito bom para todos. Quem é que vai prevalecer? Em cada meio, vão prevalecer aqueles que oferecerem melhor conteúdo. No fundo, no futuro, a distribuição vai ser um commodity, vai chegar para todo mundo. O que vai fazer a diferença é o conteúdo, a qualidade do conteúdo, a sua pertinência.
fonte -Uol

Violência nos Estádios é tema do Sobre Todas As Coisas



A violência praticada por torcedores está cada vez mais presente nos estádios de futebol e fora dele.  Por que a paixão por times pode levar ao extremo de se tirar a vida de alguém? Na busca de desvendar questões como essas, a partir das 20 horas de hoje, o Sobre Todas As Coisas debate o assunto com convidados especiais. A apresentação do programa veiculado pela Televisão Brasil Central, canal 13 na rede aberta de televisão, é das jornalistas Susete Amâncio e Sheila Alencastro Veiga. Internautas podem participar do programa ao vivo pelo e-mail: sobretodasascoisastv@hotmail.com; no www.twitter.com/sobretodas e pelo blog www.sobretodasascoisastv.blogspot.com.
Mais informações: (62) 3201-7603

Apple supera Google como a marca mais valiosa do mundo



Depois de quatro anos de liderança da Google, a Apple superou a rival e agora possui a marca mais valiosa do mundo segundo estudo divulgado no final de semana pela consultoria Millward Brown.
A empresa de Steve Jobs, que oferece produtos como iPhone e iPad, saltou do terceiro lugar em 2010 para a liderança em 2011. Sua marca foi avaliada pelo estudo em 153 bilhões de dólares, contra 83 bilhões de dólares do ano anterior. Já a Google teve queda em  2011 de  2% passando a ser avaliada em 111,5 bilhões. Com isso, perdeu o primeiro posto.
O ranking das 100 empresas mais valiosas utiliza pesquisas com consumidores e análise financeira. Na lista geral, entre os dez primeiros colocados estão seis empresas de TI/telecom. Depois de Apple e Google aparecem IBM. A Microsoft ficou com o quinto posto, com a AT&T em sétimo e a China Mobile em nono. Facebook aparece apenas no número 35.
Vale destacar que, pela primeira vez em 20 anos, os lucros e receita da Apple foram superiores aos da Microsoft. No trimestre encerrado em março, a companhia de Steve Jobs atingiu recorde de receita (24,6 bilhões de dólares) e de lucro líquido (5,99 bilhões de dólares) no período, com crescimento trimestral de 83% em receitas e 95% em ganhos. Já a Microsoft obteve receita líquida de 16,43 bilhões dólares, com lucro líquido de 5,23 bilhões.